“Que eu sei que nada sei já tem um tempo que sei. Porém me
assombrei dias desses, quando diante de um retrato, constatei que sei muito
menos do que eu pensava saber.
A vida tem dessas coisas... Quando menos se espera, levamos
uma rasteira e, entre as inúmeras formas de nos tirar o chão, colocar-nos em xeque
sobre o que acreditamos é uma delas.
Alguém duvidar ou questionar nossas crenças e nossas
verdades já é difícil de administrar. Agora, quando nós mesmos comprovamos e
colocamos abaixo o que pensamos e acreditamos por anos a fio é uma besteira sem
tamanho, cala fundo na alma.
O ego, por mais esforço que faça tentando manter-se firme no
posto de o “senhor da situação” em nada vai modificar a realidade exposta, o
fato desnudo, o equívoco difícil de consertar. Quando levo esse tipo de rasteira, corro até o baú que
abriga minhas memórias, abro-o e, mexendo e remexendo para encontrar onde, como
ou quando foi que sedimentei tal asneira, sempre ocorre de eu esbarrar no
orgulho, no preconceito e no julgar sem respaldo.
Tornar-se menos
ignorante diante do todo dá um trabalho danado. Tem que querer (e querer muito!) ter a coragem de abrir mão
de partes da sua história para ver com clareza de que forma aquela outra história
foi plantada em si mesmo”. (Isolda Risso) - abril 2015.
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